Medo e prazeres

Medo,
medo,
medo da paneleirice,
medo de o poderem ser,
Que horror,
os paneleiros!
e eu que sou tão pacífico,
só aos que me querem,
dou o cu,
e,
eu, enrabado,
e eles, os que me enrabam,
entre nós, isso fica,
a nada obrigando outros,
a não ser,
que respeitem,
os nossos inofensivos prazeres.

Razão

Uma única razão
e bem que chega,
o prazer,
prazer imaginar-me puta,
prazer montar-me,
vestir roupas bem sexy,
as provocantes roupas delas,
prazer dar com tesudos homens
que uma vez cheios de tesão,
me queiram enrabar,
prazer dar-lhes o cu
e que me enrabem,
eu que os desejo,
eles que me queiram,
na cama ou
em qualquer outro lugar
que nos sirva,
para nos fazermos cair,
o prazer que temos,
não será uma razão mais que suficiente,
e não havendo nada que a invalide,
vá,
sobra-lhes aquela
de nos tentarem menorizar,
dizendo-nos paneleiros,
pois esqueçam,
não me menorizam,
afirmo-o,
dou mostras de orgulho,
se, dar o cu,
é de paneleiro,
eu, não só, sou crossdresser,
como também, paneleiro.

Ao castigo

Em relação a mim,
bem que faz sentido aquela,
Ai vais aos castigo,
vais!
tomarem-me,
e não só me enrabarem,
como me fartarem as nádegas,
de nalgadas,
mesmo que mas deixem a arder.

E se...

Puta,
puta paneleira em todo o seu esplendor,
uns quantos rodeando-me,
todos dispostos a tomarem-me,
eu ali a levar e
não me calar,
Ai filho,
ai amor,
ui querido,
levar no cu!
a não ser quando
um me travasse a língua,
metendo-me caralho na boca,
e todos aqueles ali,
um a um,
pimba,
pimba,
vai de me enrabarem,
poderosa,
esplendorosa,
puta,
puta paneleira.

No engate

E no engate, feito puta,
que vos faça chegar o desejo de
me quererdes,
que cheios de tesão me queirais,
ui, ouvir-vos promessa,
que me ides à cona,
mas que, afinal, é o meu cu,
e eu lá acabo por ser enrabado,
assim, sim,
é o que eu muito desejo,
por isso me monto,
e por aí, me vou.

Noite de desânimo

Fim de noite,

noite de desânimo,

assim ele vê na minha cara,

e tenta animar-me,

Nada como um dia atrás de outro!

a que eu logo acrescentei,

E homem bem macho, por trás de mim!

As roupas

E roupas,
para que vos quero,
bem,
antes de, peça a peça,
mas tirarem
e a nu me porem,
roupas que bem sexy sejam,
bem gosto de as escolher
e com elas me montar,
roupas que puta me insinuem,
roupas que vos ponham de desejos,
Vou-tas arrancar, as poucas,
vou-te pôr a nu,
sua puta!
e despirem-me,
e até estroncarem algumas das peças,
num tão grande e tão estonteante desejo,
de me foderem,
e foderem-me pois!

Gosto

E de mim,
uns quantos gosto,
gosto de me montar,
gosto de ir por aí,
ao engate,
gosto de vos ouvir,
Oi ela, toda puta!
gosto de vos pôr cheios de tesão,
gosto de, com a boca,
dar uma ajudinha a ainda ficardes mais,
gosto então que me queirais o cu,
gosto de ser fodido,
enrabado,
gosto que a puta castigueis,
com uma boas palmadas no rabo,
gosto de vos sentir todos excitados,
incontinentes, a esporrardes-vos,
sim, é o fim,
e então, bem que gosto,
que me deixeis todo esporrado,
esporra quanto mais, mais gosto,
deixardes-me bem enlangonhado,
esporra escorrendo,
e de tanto gostar, que bom,
se vós assim gostardes,
mais gostarei ainda.

Rabo

Rabo,
tão rabo,
rabo,
em definitivo,
satisfeito,
ainda não sei,
sei que,
como já aconteceu,
um me enrabar,
depois outro,
e outro,
e que,
se mais se chegassem a
quererem-mo,
a mais o daria,
a quantos,
não sei ainda.

Líquido

E se fosse líquido,
querer levar no cu
e levar,
mas não,
é preciso que
de mim feito puta
e do meu cu gostem,
e me queiram enrabar,
então, sim,
vai de levar,
mas não sendo assim,
nada a fazer,
a não ser,
tentar.

Montar-me e ir

Montar-me,
primeiro, que eu goste,
sentir-me bem poderosa,
depois, logo verei, se
também eles gostam,
para já,
por certo dou, assim
ir por aí,
no desejo de engatar,
dar com tesudos homens que
me queiram enrabar,
se acabo por levar no cu,
logo se verá.