segunda-feira, 1 de abril de 2019

Acaso

Acaso,

como quase sempre,

esta seria apenas mais uma banal noite,

nada que a singularizasse,

não fosse aquele acaso,

eu que já ali estava,

fora do carro,

em espera do que viesse e desse,

ele que chegou,

e perto de mim parou,

sai do carro,

encosta-se, para mim virado,

noite de luar,

a permitir olharmo-nos,

ele que passa mão pelo meio das pernas,

meu olhar que denuncia o desejo,

ele que toma a iniciativa de se aproximar,

apalpa-me o rabo,

roça-se em mim,

estremeço,

Gostas?

Ui, ui,

como me puseste!

não, não foi logo ali,

para o meio da floresta,

fomos,

e a noite transfigurou-se,

pois, foi então,

que dei pela alegria,

em dois rostos. 

Conclusão

Soubesse desde sempre o que sei hoje e não me imaginaria a fazer outra coisa, que não, ser fodido, porque isto, de me querer enrabad...