domingo, 30 de abril de 2017

E foi

 No escuro,

no quarto escuro,

ele pôr-me perdidinho,

por tudo o que me faz, 

Sim, querido,

sim!

indiferente se outros vêem

ou ouvem,

não tão indiferente,

pois até acrescentando gozo ao gozo,

mas, inesperadamente, ele,

em tom de voz zangado,

Vai-te, caralho,

vai-te embora,

desaparece!

e eu obedeci,

fui,

fui até ao balcão pedir uma cerveja,

e lá estava encostado a bebericar,

quando de novo se aproxima,

apalpão no rabo,

leve encontrão a reencaminhar-me,

para o local de onde me tinha corrido,

porque me tinha corrido,

fiquei sem saber,

afinal os dois perdidinhos,

noite escaldante,

com que desejos me ofereço,

que insultos me dirigiu,

que confirmações lhe dei,

quanto fui insistindo,

que foda me deu,

no final,

uma bela noite,

e ele a prometer-me que,

outras, poderá haver,

bastando que fosse aparecendo por ali.

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Conclusão

Soubesse desde sempre o que sei hoje e não me imaginaria a fazer outra coisa, que não, ser fodido, porque isto, de me querer enrabad...