No escuro,
no quarto escuro,
ele pôr-me perdidinho,
por tudo o que me faz,
Sim, querido,
sim!
indiferente se outros vêem
ou ouvem,
não tão indiferente,
pois até acrescentando gozo ao gozo,
mas, inesperadamente, ele,
em tom de voz zangado,
Vai-te, caralho,
vai-te embora,
desaparece!
e eu obedeci,
fui,
fui até ao balcão pedir uma cerveja,
e lá estava encostado a bebericar,
quando de novo se aproxima,
apalpão no rabo,
leve encontrão a reencaminhar-me,
para o local de onde me tinha corrido,
porque me tinha corrido,
fiquei sem saber,
afinal os dois perdidinhos,
noite escaldante,
com que desejos me ofereço,
que insultos me dirigiu,
que confirmações lhe dei,
quanto fui insistindo,
que foda me deu,
no final,
uma bela noite,
e ele a prometer-me que,
outras, poderá haver,
bastando que fosse aparecendo por ali.
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